quinta-feira, 30 de julho de 2009

Agora é hora de tirar foto!

Ótimo....tirar fotos é sempre bom! Mas antes de mais nada, existem algumas coisas que você deve prestar atenção:

1. Mantenha a câmera parada! Se você movimentar a câmera, sua foto pode sair tremida...para evitar isto, segure a câmera com as DUAS mãos; apoie seu corpo em uma parede, poste ou outra superfície para evitar vibrações e não se esqueça: sua respiração pode fazer a foto sair tremida! Mas atenção: não vale a pena prender a respiração na hora de tirar foto...basta dar uma boa inspirada e ir soltando o ar suavemente enquanto aperta o botão da máquina. Isto deve funcionar se, E SOMENTE SE, você apertar o botão devagarzinho! Conheço um monte de gente que enfia o dedo no botão disparador como se estivesse esmagando um inseto...não, não é assim que a coisa funciona não...tente conhecer sua câmera e saber como apertar o botão delicadamente. Desta forma você terá menos fotos tremidas :-) .

2. Olhe para o que você está fotografando! Use o visor da máquina ou a tela de cristal líquido, mas olhe!

3. Atenção para o tempo da fotografia. Alguns equipamentos não tiram a foto no exato momento em que você aperta o botão (principalmente as máquinas compactas), portanto mantenha a câmera estável mesmo DEPOIS de ter apertado o botão.

4. Conheça seu equipamento. A câmera possui um monte de funções...elas devem servir para alguma coisa. Portanto, deixe a preguiça de lado e leia o manual da câmera. Pratique em casa o uso das funções. Essa sua máquina fotográfica pode lhe surpreender!

5. Não economize foto. Se não ficar bom, apague depois!

Boas fotos

sexta-feira, 24 de julho de 2009

A cor da Luz II

Você pode não ter notado, mas as lâmpadas de casa tem cores diferentes e podem afetar sua foto.

Vejam os exemplos abaixo.

1. Foto tirada em local fechado utilizando luz fluorescente. Note os tons azulados na foto. Esta imagem não parece fria?



2. Foto tirada com a janela amplamente aberta, permitindo a entrada da luz do sol (amarela). Vejam como a foto passa a exibir tons mais amarelados e se torna mais quente




3. Foto realizada com iluminação de lãmpada incadescente, aquelas de bulbo. Vejam como a foto se torna bem mais amarela!



Cabe ao fotógrafo julgar se a cor da luz presente em suas fotos representa e comunica aquilo que ele busca.

A cor da Luz

A exposição humana às cores (com todas suas variações) ocorre diariamente, seja por ver as cores, seja por ler ou ouvir sobre elas. Nós, Homo Sapiens, vemos cor em tudo e com diferentes intensidades de brilho...e o mais interessante é que conectamos isso a nossos sentimentos.

Ontem mesmo, ao assistir o Jornal Nacional, vi uma reportagem sobre como a cor da luz em casa pode nos dar uma sensação de calor (luz amarela) ou de frio (luz branca-azulada), permitindo mudar nossa sensação térmica durante a mudança das estações do ano. Outro exemplo está nos países nórdicos, que se utilizam da luz como forma de evitar a depressão nas pessoas durante os longos períodos de inverno escuro. Um terceiro exemplo está no código de cores de nosso dia a dia: vermelho significa cuidado/perigo (farol vermelho, placa de pare, carro de bombeiros, etc), amarelo nos faz entrar em alerta (sinal amarelo, faixas de sinalização em roupas, roupa de bombeiro, faixa central na estrada, pisca-pisca de automóveis, etc)...

Em resumo, a cor vai além de suas tonalidades e brilhos. A cor é um termômetro emocional e um agente de comunicação de sensações para nosso cérebro. Por isto é muito importante que o fotógrafo utilize a cor para comunicar-se em suas fotos.

Vejam só a foto abaixo. A luz mais azulada (neste caso obtida utilizando um filtro) dá a impressão de ser um dia de sol de inverno, iluminado, porém frio :



Já esta outra foto, com luz mais amarela, nos dá a impressão de ser um dia mais quente.

Note que a cor contida na foto nem sempre precisa ser exatamente a cor real do ambiente, mas ela precisa comunicar a mensagem que o fotógrafo quer passar.

A luz pode mudar a sua foto

Uma coisa que não podemos nos esquecer é que a palavra Fotografia tem sua origem no grego, significando escrever com a luz. Portanto, a luz pode mudar muito como sua foto é feita. Os dois principais pontos a serem considerados na luz são:

1. Cor da Luz
2. Inclinação da Luz

Não se esqueça: não se pode escrever com a luz se ela não existe!

terça-feira, 14 de julho de 2009

A Luz e o Fotógrafo

Agora tudo começa a ficar mais interessante....Inicialmente, é importante lembrar que só enxergamos as coisas porque nosso olho recebe luz REFLETIDA destas coisas! Ou seja, se um objeto não reflete luz, enxergamos como preto!

Mas indo ao início, o Sol ilumina a terra e pequenas goticulas de água e alguns elementos químicos agem como microcristais, decompondo a luz do Astro-Rei que nos ilumina.



Claro que este fenômeno não é intenso suficiente no dia a dia, mas se torna muito evidente após uma chuva, formando o famoso arco-iris. Pode-se também notar a alteração nas cores dos objetos no amanhecer e no entardecer, quando a dispersão é maior devido a posição do Sol.



É interessante comentar também sobre o espalhamento da luz. Da mesma maneira que os cristaizinhos e gotículas de água podem agir como prismas, podem também agir como espelhos, espalhando a luz. Curiosamente, quanto menor o comprimento da onda da luz, maior o seu espalhamento. Por isto que as radiações azuis e violetas são espalhadas ao amanhecer e ao entardecer, causando menos câncer em nós e tornando o mundo menos azul nestes períodos.

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terça-feira, 7 de julho de 2009

A Luz




A Luz visível é apenas um pedacinho de toda o espectro de radiação eletromagnética disponivel por aí. Nós chamamos de Luz Visível apenas a faixa de frequência que pode ser captada pelas células de nosso olho, os famosos Cones e Bastonetes. Geralmente estas células são excitadas por luz na frequência de 400nm a 700nm. Todo o resto existe, mas é invisível para nossos olhos.
Mas, afinal das contas, o que essa tal de frequência quer dizer? Este termo está diretamente ligado ao conceito de radiação eletromagnética, criado por Sir James Clerk Maxwell, e está relacionado às propriedades eletricas e magnéticas da energia, propriedades estas que se manifestam como campos que oscilam e se propagam através do espaço. Graficamente, representamos estas oscilações como ondas vibratórias, como na figura abaixo

ou seja, quanto mais energia, maior a frequência de vibração da onda. Curiosamente, cada frequência "visível " é capturada com uma cor. Em resumo, a cor que enxergamos é definida pela intensidade vibratória da energia luminosa, ou o seu " comprimento de onda" definido em nanometros (nm). Quanto menor o comprimento de onda, maior a energia (por vibrar mais, cabem mais ondas em um dada distância).

Curiosamente, diferentes fontes de luz fornecem diferentes comprimentos de onda.




e é por isto que temos a sensação que uma luz pode ser mais quente (amarela - maior comprimento de onda - menor energia) ou mais fria (azul - menor comprimento de onda - mais energia). Logo, a luz interfere em como vemos o mundo e como registramos as imagens em nossas fotografias. Uma luz azul deixa tudo mais frio, uma luz amarela deixa tudo mais quente...


segunda-feira, 6 de julho de 2009

História da Fotografia II - A Documentação

Pois é, todo mundo estava feliz com a câmera escura e as lentes: agora se podia observar eclipses, paisagens e utilizar o diafragma para alterar a profundidade de campo. Mas como documentar tudo isto?

Em 1604, o físico-químico italiano Angelo Sala já havia mostrado a reação de grãos de prata com a luz, mas foi só mais de 100 anos depois que o médico alemão Johann Schulze e o químico suiço Carl Scheele conseguiram mostrar que era possível delinear imagens através da reação da luz com os átomos de prata.

A surpresa veio em 1817, com o francês
Joseph Nicephore Niépce
que criou a Heliografia (escrever com a luz solar) , permitindo fixar as imagens formadas pelos cristais de prata em uma placa de metal. E foi Niépce que, junto com Daguerre, criaram a fotografia. E assim, em 1839, após a morte de Niépce, que Daguerre descreveu um novo processo, aperfeiçoado por ambos durante 10 anos e nomeado Daguerreótipo, na academia Francesa de Ciências e Belas Artes e requereu a patente em seu nome na Inglaterra, logo depois. Assim, Daguerre ficou conhecido como o Pai da fotografia moderna.

Curiosamente, na mesma época, um outro francês de nome Hercule Florence, radicado em Campinas, SP, desenvolveu um processo similar a Heliografia e o descreveu em diários da época, chamando-o de Photographie, anos antes de Daguerre.



Em suma, Hercule cunhou o termo Fotografia, mas quem levou a fama foi o Daguerre...